sexta-feira, 1 de abril de 2016

Ganhar verdadeiramente


No capítulo 10 do evangelho de Mateus Jesus nos mostra, desmistifica, descortina a realidade espiritual para os discípulos que agora já não são mais iniciantes. Eles já estão há um certo tempo com Jesus, alguns já haviam sido discípulos de João Batista, portanto já tinham uma caminhada.  

Jesus já havia feito seu famoso sermão da montanha, e se intrometido nas questões sociais e na forte instituição judaica, na lei no templo e já fazia um pequeno alvoroço por onde passava.

Jesus nomeia seus discípulos como sal da terra e luz do mundo, dando-lhes “importância global”.

Não satisfeito com tudo isso e quase como sem querer querendo Jesus se intromete na vida sagrada e consagrada dos fariseus, um grupo forte e razoavelmente unido, respeitados entre o povo e conservado pelo império dominante: o Romano.

Jesus responde perguntas curiosas e dá base para o cristianismo: divórcio, violência, adultério, responsabilidade pessoal, prática da justiça, e muitas outras orientações e mandamentos para um viver em sociedade  que traria benefícios sociais e espirituais no dia-a-dia.

Seria um bom candidato ás urnas, inspiraria confiança e crédito, mas talvez não ganhasse um cargo no congresso por falta de verba para a propaganda eleitoral...

 

Mais pra frente o mestre nazareno, nos descortina uma realidade diferente e incômoda...Ele fala de um Reino, fala daquilo que Paulo nomeou de vida no Espírito: oração, Jejum, renúncias...coisas incomuns começam a acontecer, coisas de dar nó na cabeça de sábios estudiosos como Nicodemus: enfermos são curados, perturbados são libertos, loucos voltam a sanidade, e mortos ressucitam ... O rabino de excelentes discursos e profeta respeitado já começa a descortinar a realidade espiritual e uma multidão começa a segui-lo...por vários motivos: curas, pães multiplicados, libertações de demônios, possibilidade de revolução, enfim, havia muitos motivos para se seguir a Jesus.

Tudo isso foi acontecendo aos poucos diante dos olhos atentos dos doze mais íntimos...  porém somos muito mais abençoados pois temos todo o conhecimento necessário acerca de Jesus; tudo está descortinado aos nossos olhos, e não somente isso, temos também todos os manuscritos de seus discípulos e pessoas que viveram na mesma época que ele, e que ministrados e inspirados pela pessoa do Espírito Santo (que até hoje se encontra no nosso meio nos instruindo)  estruturaram essa realidade espiritual.

                                                            Priscila S. Tosta